Amazonas busca mais eficiência para explorar os vastos recursos de Mineração e Energia

 Reservas de mais de R$ 1 bilhão de toneladas de potássio, empregado na produção de fertilizantes, disponíveis nas cidades de Itacoatiara e Nova Olinda do Norte, 81 milhões de toneladas de nióbio, elemento químico dos mais valorizados utilizado na produção de aços especiais, são apenas algumas das riquezas minerais que o Amazonas pretende explorar de forma mais eficaz com ações para remover os entraves de logística e regularização ambiental, de acordo com as propostas debatidas nesta terça-feira, 3 de maio, durante a sétima rodada das Jornadas de Desenvolvimento, promovidas pelo Governo do Estado, no Centro de Convenções Vasco Vasques, que também debateu oportunidades no setor de Energia.

 

Existem atualmente três projetos em andamento para a exploração de potássio, em Autazes, caulim, em Rio Preto da Eva, e óleo e gás, em Tefé e Carauari, o que demonstram o grande potencial mineral do Estado, segundo o presidente da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam), o geólogo Renê Levy, na apresentação do tema Mineração. Levy destacou que apesar das grandes riquezas minerais disponíveis, sobretudo nas cidades do interior, o Amazonas ocupa a 14ª posição em arrecadação no País na área de mineração. Ele listou como essencial a formação de capital intelectual neste setor e a solução de restrições de ordem ambiental, além de melhorias no sistema de logística.

 

Na apresentação do setor de Energia, o engenheiro eletricista Anderson Silva também apontou a remoção dos obstáculos de logística para a melhoria expansão dos sistemas de geração de energia para Manaus e cidades do interior.

 

Planejamento de investimentos do Ministério das Minas e Energia para o Amazonas preveem aplicação de cerca de R$ 6 bilhões, entre 2015 e 2018, voltados para a construção de novas usinas e integração ao Sistema Interligado Nacional, instalação de novas redes de distribuição e de subestações, além da expansão do programa Luz Para Todos. Somente para a integração do sistema Silves-Itapiranga estão estimados recursos de R$ 60 milhões. Outros R$ 116 milhões estão projetados para o reforço do sistema de Iranduba e Manacapuru. A rede básica de Parintins deve contar com recursos de R$ 768 milhões.  

 

Estratégica

Na abertura do encontro, o secretário de Estado de Planejamento, Thomaz Nogueira, voltou a enfatizar que o Governo esta buscando ouvir os agentes envolvidos de cada setor mapeado para definir estratégias que possam tornar efetiva a tarefa de diversificar a economia, como meio para garantir o desenvolvimento do Estado.

 

As Jornadas de Desenvolvimento têm como propósito definir ações para a diversificação da economia dentro de uma nova Matriz Econômica Ambiental para o Estado do Amazonas, incluindo a diversificação da economia dos recursos naturais, além do modelo Zona Franca. Grupos de trabalho temáticos estão formulando propostas de construção de eixos de desenvolvimento em oito setores prioritários: aquicultura e piscicultura, fruticultura, produtos florestais madeireiros e cosméticos, fármacos e turismo. Amanhã, o ciclo de oficinas de trabalho encerra-se com as discussões dos setores de logística e tecnologia da informação.

 

A realização das Jornadas de Desenvolvimento são um desdobramento do Fórum Matriz Econômica Ambiental, realizado pelo Governo do Estado, no início de março, no Amazônia Golf Resort, com a participação de embaixadores e diplomatas de dez países, pesquisadores e ambientalistas. Esse Fórum, por sua vez, foi resultado das discussões travadas durante a participação da delegação do Amazonas na Conferência do Clima da Organização das Nações Unidas (COP 21), em Paris, no ano passado.

 

As Jornadas de Desenvolvimento estão sendo organizadas pelas Secretarias de Estado de Planejamento (Seplan-CTI), Secretaria de Estado de Produção (Sepror) e Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Semas).


(Fonte: Secom)