O Governo do Amazonas, por meio do Proderam, Projeto de Desenvolvimento Regional implementado pela Companhia de Desenvolvimento do Estado do Amazonas (CIAMA), promove a partir desta segunda-feira (19), uma série de Audiências Públicas em três municípios do Alto Solimões, para apresentar os resultados do projeto voltados para a área indígena e também discutir cenários futuros para a implementação de novas ações.
Realizadas em parceria com a Secretaria de Estado para os Povos Indígenas (Seind), Secretaria de Estado de Produção Rural (Sepror), Instituto de Desenvolvimento Agropecuário e Florestal Sustentável do Estado do Amazonas (Idam), Insituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), Prefeituras Municipais, as audiências serão coordenadas pelos técnicos do Proderam Geraldo Couto, Alexandre Henrique e Cira Senna.
Na segunda-feira (19), a audiência acontecerá no município de São Paulo de Olivença, onde serão apresentados os resultados do projeto de Manejo de Pesca, que envolve 72 comunidades indígenas, das etnias cocama e tikuna, totalizando cerca de 4 mil pessoas.
O manejo de recursos pesqueiros vem sendo desenvolvido no município desde 2010, com vistas à organização das comunidades, no sentido de evitar a pesca desordenada e predatória. “Nesta primeira fase do Proderam, a preocupação foi com a questão da preservação das espécies, de modo a garantir uma segurança alimentar ao longo de todo o ano. E também garantir que não haja invasão de não indígenas nos lagos”, destaca o técnico do Proderam Geraldo Couto, informando que a ideia é expandir o projeto para abranger também a questão da comercialização de algumas espécies.
Cultura e potencial turístico – No dia 22, quinta-feira, a audiência pública será para indígenas de Atalaia do Norte. Na oportunidade, será novamente discutido o projeto de concepção do Centro Cultural Vale do Javari. O encontrocontará com a participação de representantes de cinco etnias.
De acordo com Geraldo Couto, o projeto já está em fase final de elaboração e a previsão é de que seja implementado na segunda etapa do Proderam. “O complexo terá uma área de 900m2, com restaurante, ateliês para confecção e venda de artesanato (cinco pra as etnias da região e um para artesãos não-indígenas), além de espaço para apresentações culturais”, destaca.
A série de audiências encerra em Tabatinga, na sexta-feira (23), quando serão apresentados cenários do Projeto do Corredor Etnoturístico na tríplice fronteira (Brasil/Colômbia/Peru), o qual também está em fase final de elaboração.