CIAMA implementa projeto para valorizar a produção de mel de abelha no interior

Reforçando a política de desenvolvimento sustentável do Amazonas, o Governo do Estado, por meio da Companhia de Desenvolvimento do Estado do Amazonas (CIAMA), está investindo em um projeto que visa desenvolver a cadeia produtiva de meliponicultura, no Alto Solimões. Com investimentos da ordem de R$ 433.281,27, o projeto, que faz parte das ações do Projeto de Desenvolvimento Regional do Estado do Amazonas para o Zona Franca Verde (Proderam), ganhará mais força, a partir deste mês, com a construção da Casa do Mel.

O local irá beneficiar todo o mel a ser produzido por cerca de 140 produtores de comunidades indígenas e não indígenas, dos municípios de Benjamin Constant, Atalaia do Norte e Tabatinga. Esses meliponicultores já estão capacitados, pelo Instituto de Desenvolvimento Agropecuário e Florestal Sustentável do Estado do Amazonas (IDAM), para o manejo das colônias de abelhas silvestres nativas – abelhas sem ferrão.

De acordo com o coordenador de Desenvolvimento Sustentável do Proderam, Geraldo Couto, além de facilitar a produção em escala, a Casa do Mel será o local onde serão realizados procedimentos para a redução da umidade do alimento.

Ele explicou que o mel produzido pelas abelhas nativas apresenta cerca de 35% de umidade, o que o torna altamente perecível, em regiões de clima quente e úmido como o do Amazonas. “Este mel deve ter sua umidade reduzida e padronizada em 18%, tornando-se um produto de qualidade e em condições de armazenamento”, completou.

Com o projeto, estima-se que, em 2012, o plantel da colônia de abelhas silvestres nativas saltará dos atuais 660 para 5.410, abrangendo os três municípios. Para a estimativa da produção, foi estabelecido que cada colônia deverá produzir 1,5kg mel/ano, devendo atingir, também em 2012, 3,4kg por colmeia/ano, multiplicando a produção, estruturando a Cadeia Produtiva do Mel na região, de forma autônoma e, ao mesmo tempo, auto-sustentável.

As ações do Governo em valorizar a cadeia produtiva do mel de abelha no Alto Solimões tiveram início em 2010, com a multiplicação de colônias nas comunidades e a capacitação dos meliponicultores, realizada em parceria com o Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa).