COPA 2014: Governo do Amazonas inaugura Arena da Amazônia
Ao inaugurar a Arena da Amazônia Vivaldo Lima na tarde deste domingo, dia 9 de março, o governador Omar Aziz ressaltou a importância da obra para a autoestima do povo amazonense. “Eu espero que a população amazonense fique feliz e satisfeita em saber que nós não podemos nos sentir menor do que ninguém. Mostramos que temos capacidade de construir algo grandioso e demos uma demonstração muito clara de que somos iguais a qualquer Estado brasileiro”, disse o governador, ao ressaltar que o Governo conseguiu garantir os investimentos na arena sem comprometer outras áreas.
“Mostramos que é possível fazer uma obra desse porte e, ao mesmo tempo, fazer grandes investimentos na segurança, na saúde e na educação”, disse. De 2010, quando assumiu o governo, para 2013, os investimentos em segurança, por exemplo, saltaram de cerca de R$ 600 milhões para mais de R$ 1,1 bilhão e o orçamento de 2014 para a área é de R$ 1,3 bilhão.
A Arena foi inaugurada com um clássico regional entre o Nacional, de Manaus (AM), e o Remo, de Belém (PA), em jogo válido pelas quartas-de-final da Copa Verde, para um público de 20 mil torcedores, com empate de 2 a 2. O governador chegou cedo ao estádio, por volta das 16h30, na companhia da presidente do Fundo de Promoção Social (FPS) e primeira-dama do Estado, Nejmi Jomaa Aziz.
Por volta das 17h35, ao lado do ministro dos Esportes, Aldo Rebelo, e do vice-governador José Melo, ele participou da cerimônia de descerramento da placa inaugural do estádio que vai sediar quatro jogos da primeira fase da Copa do Mundo de 2014, em junho próximo – Inglaterra x Itália (dia 14), Camarões x Croácia (dia 18), Estados Unidos x Portugal (dia 22) e Honduras x Suíça (dia 25). Na mesma ocasião, foi feito o lançamento do selo dos Correios alusivo à Manaus como uma das sedes da Copa de 2014.
A partida foi o primeiro teste da arena para o Mundial e o governador chegou dizendo-se feliz e apreensivo, ao mesmo tempo, uma vez que a funcionalidade do estádio estava sendo testada. “Vão ter alguns problemas que a gente terá que corrigir ao longo do tempo. É como construir a nossa casa. A gente só concluiu a obra quando se muda para dentro dela e vamos fazendo os ajustes necessários”, comparou o governador, ao reconhecer que o grande mérito da obra é do povo amazonense. “Se tem esforço de alguém, é do povo amazonense que construiu essa beleza de obra. Eu espero que ela possa dar grandes frutos para o futebol amazonense e para o Estado do Amazonas”.
Para o ministro dos Esportes, Aldo Rebelo, a Arena da Amazônia saiu-se bem em seu primeiro teste. “A recepção a esse jogo é uma prova de que a Arena já tem condições de se submeter aos eventos testes. Então, eu acho que o Amazonas, a Amazônia e o Brasil estão de parabéns”.
Arena da Amazônia abre as portas novamente no próximo sábado, com a partida entre Penarol, de Itacoatiara, e Princesa do Solimões, de Manacapuru.
Tranquilidade – O clima de tranquilidade marcou todo o evento de inauguração da Arena da Amazônia, segundo informações da Secretaria de Estado de Segurança Pública (SSP-AM), que coordenou toda a operação de segurança através da Secretaria Executiva Adjunta de Grandes Eventos.
Foram registrados cinco Termos Circunstanciados de Ocorrência (TCOs) registrados pela Polícia Civil, quatro por venda de ingresso com preço superior, um por promoção de tumulto em local de evento esportivo, todos crimes previstos no Estatuto do Torcedor, que prevê até dois anos de detenção.
A segurança de todo evento mobilizou 2.520 homens, entre servidores da Segurança do Estado, Prefeitura e do Governo Federal, com início da atuação no início da madrugada de domingo e vai permanecer até a dispersão total do público após o jogo.
Para o secretário executivo de grandes eventos da SSP-AM, coronel Dan Câmara, o clima de tranquilidade reflete o planejamento e os esforços dos mais de 30 órgãos envolvidos na operação, que vem sendo testada desde o Carnaval. “Instalamos mais de 20 pontos de verificação policial em todo entorno do evento, limitando o acesso para os torcedores, por isso o caso de ocorrências graves é zero”, avaliou Câmara.
Para reforçar o monitoramento do acesso do público até o ambiente interno do estádio foi instalada, no lado externo da Arena, uma plataforma de observação elevada com oito câmeras de alto alcance, além do Centro Integrado de Comando e Controle Local (CICC-L), montado na parte interna. O CICC-L monitorou 19 câmeras no perímetro de 1 quilômetro da Arena. De acordo com Dan Câmara, neste jogo de estreia, pela primeira vez, todas essas informações relacionadas à segurança de um grande evento, foram compartilhadas através de uma ferramenta de sistema chamada Gênesis. “Essa ferramenta permite o compartilhamento de informações em tempo real com todas as 12 cidades-sede, além do Centro Nacional Integrado de Segurança”, disse o coronel, ao enfatizar que todo o plano de segurança foi observado por representantes da Gerência Geral de Segurança da FIFA.
Público aprova Arena da Amazônia – A curiosidade em saber como ficou a Arena da Amazônia foi um dos principais motivos que atraiu os mais de 20 mil torcedores para o jogo entre Nacional e Remo. Pelo menos foi o que disseram grande parte das pessoas ouvidas, como a técnica de enfermagem Francisca Betânia, 41, que afirmou que este foi o primeiro jogo que ela assiste num estádio. “Eu tinha que ver de perto a beleza desse estádio, ele ficou lindo”, elogiou.
Para o industriário, Gervazio Tavares, 39, que acompanha sempre os jogos do Nacional, desta vez conhecer a Arena da Amazônia foi o que o trouxe ao jogo. Ele estava com a mulher e os três filhos para prestigiar o jogo inaugural. “Meu filho faz aniversário por esses dias e tenho certeza que ele vai lembrar que um dia o aniversário dele foi comemorado junto com a inauguração da Arena da Amazônia”, comentou.
Voluntários na Arena da Amazônia – Trezentos estudantes da Universidade do Estado do Amazonas (UEA) atuaram como voluntários na partida inaugural da Arena da Amazônia. Conforme explicou a coordenadora geral, Ozeneide Nogueira, a proposta é criar uma cultura do voluntariado que sirva como legado da Copa do Mundo a cidade de Manaus. “Precisamos criar uma cultura de voluntários, principalmente na questão dos jogos para orientar os torcedores e espectadores a acharem seus assentos e a serem bem recebidos. Estamos fazendo, hoje, um serviço de hospitalidade ao espectador, da recepção, na chegada, até o seu assento”.
Ainda de acordo com Nogueira, o preparo inicial vem sendo feito há uma semana. “Este trabalho está sendo uma parceria com a UEA. Estamos com 300 voluntários e 30 coordenadores que aceitaram este desafio de, rapidamente, montar uma equipe para vir receber os torcedores para o dia da inauguração. Passamos a semana fazendo treinamento, ambientação, comportamental, como bem receber, e hoje vamos à prática. O que estamos fazendo aqui é criar uma cultura do voluntariado não só para hoje, para a Copa e também deixar como legado para o Amazonas”, afirmou.
Também foi responsabilidade dos voluntários orientar aos deficientes na Arena. Neste sentido, um dos voluntários foi o cadeirante Herbert Souza, 31. “Meu trabalho é orientar quem vai ocupar a área de cadeirantes. Trazê-los para o lugar certo. Participar disso é histórico. Fazer o trabalho de acessibilidade é importante. Estou aqui para testar este aspecto no estádio, fazer com que as pessoas cheguem e vejam que tem lugar para elas. Para mim, está sendo muito gratificante esta oportunidade”.
Coordenado pela Secretaria de Estado da Educação (Seduc), o Programa Amazonas Bilíngue disponibilizou 20 voluntários que ficaram responsáveis pela orientação aos jornalistas. “Este é um programa do departamento de gestão escolar, no qual os alunos do ensino médio das escolas estaduais do Estado do Amazonas fazem curso de inglês. A turma que está com a gente na inauguração da Arena da Amazônia é a turma que está no segundo ano do curso de inglês. Eles vêm participar como voluntários, uma forma de dar este apoio à inauguração da Arena, em parceria com a UGP Copa, onde eles vão dar orientação aos jornalistas presentes”, explicou Kátia Mendes.
Saúde – Uma estrutura que incluiu quatro ambulâncias na área interna e duas na parte externa da Arena, dois postos de atendimento médico e uma equipe de 100 profissionais ficaram responsáveis pelas ações de saúde na partida inaugural da Arena. Não foram registradas ocorrências graves, informou o coordenador de um dos postos de atendimento médico, Dr. Clézio Noronha.
“A maioria dos atendimentos foi devido às pessoas apresentarem dor de cabeça, por conta do clima abafado e quente. As pessoas fazem grande pausa para se alimentar e chegam para o atendimento com pressão baixa, muitas vezes. Muitos consomem alimento com muito sal, gordura. Não tivemos nenhum caso grave, apenas um paciente foi conduzido a uma unidade de saúde por apresentar ritmo cardíaco baixo”, disse Noronha.
A estrutura de saúde, como explicou o diretor presidente da Fundação de Vigilância em Saúde, Bernardino Albuquerque, contou com uma parceria entre a Secretaria Municipal de Saúde, SEMSA, Secretaria de Estado da Saúde, SUSAM, Fundação de Vigilância em Saúde, FVS, e o Corpo de Bombeiros. “Estamos dentro do estádio com 4 ambulâncias, fora do estádio mais duas ambulâncias, dois postos de atendimentos dentro do estádio, no nível zero, com os dois postos funcionando todos com pessoal capacitado para emergência, e qualquer situação de necessidade de deslocamento para nossos hospitais de referência. Estamos com cerca de 100 profissionais envolvidos nesta operação, acreditamos que transcorrerá tudo bem, sem maiores incidentes”, detalhou Albuquerque.
(Fonte: Agência de Comunicação Social do Governo do Amazonas)