Governo conclui mapeamento de oportunidades para criação de nova matriz econômica
Durante quatro semanas, cerca de 650 pessoas, entre técnicos, pesquisadores, empresários e especialistas estiveram reunidos, no Centro de Convenções Vasco Vasques, em grupos de trabalho temáticos para debater e formatar propostas de construção de eixos de desenvolvimento em oito setores prioritários para a definição de uma Nova Matriz Econômica Ambiental para o Estado do Amazonas.
“Encerramos uma etapa fundamental para a construção de um modelo de desenvolvimento que permita a expansão e a interiorização das atividades econômicas, ou seja, o fortalecimento do Polo Industrial de Manaus e a exploração de um patrimônio imensurável da biodiversidade local de forma sustentável’’, resumiu o secretário de estado de Planejamento Thomaz Nogueira.
Organizadas pelas secretarias de Planejamento (Seplan-CTI), de Produção (Sepror) e de Meio Ambiente (Semas), as Jornadas de Desenvolvimento promoveram um debate qualificado acerca de oito setores: aquicultura e piscicultura, fruticultura, produtos florestais madeireiros e cosméticos. Também foram debatidas propostas para as áreas de fármacos, turismo, energia e minérios, logística e TIC (tecnologia, informação e comunicação).
A partir dessas discussões, o Governo vai sistematizar as diversas propostas relacionadas dos diversos setores e definir ações e metas para a implementação de políticas públicas que visem a ampliação das oportunidades de negócios, a elevação dos indicadores de desenvolvimento humano e a promoção da inovação tecnológica de produtos com alto valor agregado.
Um relatório com as conclusões dos debates será apresentado ao governador do Estado, José Melo, que o apresentará à sociedade. Em junho, os resultados dos trabalho será mostrado aos investidores nacionais e estrangeiros na cidade de Parintins.
NOVOS MERCADOS
Entre as várias propostas debatidas nas oficinas de trabalho foi destacado o grande potencial de bionegócios com a exploração de óleos essenciais, corantes naturais, óleos vegetais, adoçantes naturais, além de insumos de castanha, açaí, e copaíba entre produtos, para alcançar um mercado que cresce globalmente 12% ao ano, que pode gerar receitas de US$ 1,6 bilhão. Para conquistar fatias desse mercado os pesquisadores consideraram fundamental, a melhoria do capital intelectual, investimentos em tecnologia e a difusão e integração do conhecimento acumulado em instituições como Ufam e UEA.
Na área de pescado, para sair das 20 mil para 60 mil toneladas, até 2018, na produção das principais espécies, o Estado terá que vencer entraves como a baixa produção de insumo, excesso de burocracia no licenciamento ambiental e problemas de logística
FÓRUM
A realização das Jornadas de Desenvolvimento foram um desdobramento do Fórum Matriz Econômica Ambiental, realizado pelo Governo do Estado, no início de março, com a participação de embaixadores e diplomatas de dez países, pesquisadores e ambientalistas. Esse Fórum, por sua vez, foi resultado das discussões travadas durante a participação da delegação do Amazonas na Conferência do Clima da Organização das Nações Unidas (COP 21), em Paris, no ano passado.
(Fonte: Seplan-CTI)