Governo do Estado promove oficina durante o II Workshop Internacional Pactas

O Governo do Estado, por meio da Companhia de Desenvolvimento do Estado do Amazonas (Ciama), em parceria com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), realizará no período de 25 a 27 de outubro, a Oficina de Beneficiamento de Açaí, no município de Tabatinga (distante 1.108 km de Manaus). A atividade, que será dividida em teoria e prática, integra a programação do II Workshop Internacional Pactas – Etnosaberes e Sociobioeconomias na Amazônia.

A oficina será ministrada pela engenheira de alimentos da Ciama, Aline Guimarães, que abordará as boas práticas de manipulação do fruto, a segurança dos alimentos, a qualidade e tratamento da água, passando desde a colheita, a cadeia de aproveitamento do açaí, até o despolpamento e embalagem, com técnicas para evitar a contaminação microbiana e o tratamento térmico (branqueamento) necessário para melhorar a qualidade da polpa de açaí e torná-lo seguro para o consumo humano.

Segundo Aline Guimarães, o laboratório é o ponto alto da oficina. “Onde os participantes também poderão ter a experiência de realizar, na prática, todo o processo de beneficiamento do açaí, em uma usina que a Ciama embarcou para Tabatinga, capaz de processar 280 kg por dia”, destaca.

De acordo os dados do IBGE, Tabatinga, dentre os municipios do Alto Solimões, é o que possui maior quantidade de açaí produzido na extração vegetal, seguido de Atalaia do Norte e Benjamin Constant. O açaí participa de um circuito local de comercialização, sendo o fruto processado por pequenos comerciantes locais não indígenas em equipamentos próprios. Deste processamento, obtem-se, em média, de 70 a 130 litros de vinho de açaí, dependendo da época considerada.

Diante destes dados, a intenção da Ciama é capacitar ainda mais as pessoas que já trabalham com o açaí. “É importante que eles executem as boas práticas de manipulação e beneficiamento, garantindo a segurança alimentar na comercialização do fruto na região e até mesmo na exportação para outros mercados”, destacou a engenheira de alimentos Aline Guimarães.