Projetos ambientais e de infraestrutura apoiados pelo Governo podem transformar o município de Silves em Polo Turístico.
Distante cinco horas da capital, Manaus, pela rodovia AM-10, e mais vinte minutos de travessia de balsa pelo rio Urubu, o município de Silves, que é uma ilha, se prepara para fortalecer sua produção sustentável e revitalizar ambientes na cidade, a fim de tornar-se um pólo turístico.
Neste mês de junho Silves recebeu uma equipe técnica da Companhia de Desenvolvimento (Ciama) com o objetivo de estruturar projetos em áreas diversas como economia, sustentabilidade e infraestrutura.
A equipe da Ciama formada por uma socióloga, um economista e dois engenheiros visitou algumas áreas definidas como prioritárias pelo prefeito Paulino Granja (PSDB).
“Temos aqui alguns projetos de meio ambiente urgentes como o de uma base de fiscalização flutuante em dois principais lagos que possuem pesca manejada e também projetos de revitalização da praça do Cristo, do anfiteatro e da pista de pouso do nosso município”, detalhou o prefeito.
Para o engenheiro Márcio Bemfica, a revitalização da praça do Cristo é um projeto que vai, sem dúvida, atrair não só os moradores da cidade mas também, e principalmente, os turistas.
“A praça do Cristo já é um observatório natural da frente da cidade porque está localizada no final de uma escadaria, mas a ideia é elevar o monumento ainda mais e ter ali um mirante moderno, com um serviço de apoio a turistas e que conte com a participação dos moradores do local nesse apoio aos visitantes”, acentuou Bemfica.
A equipe também visitou e fez registros fotográficos da pista de pouso e decolagem de aviões de pequeno porte, que precisa ser revitalizada e autorizada a funcionar.
O lixão da cidade, a céu aberto, aguarda por soluções. “Queremos elaborar um plano de coleta de resíduos sólidos para minimizar o impacto do lixo no nosso meio ambiente e pensamos em começar esse esforço implantando a coleta seletiva e a instalação de uma ETE – Estação de Tratamento de Esgoto, em uma escola municipal”, disse o prefeito.
De acordo com a socióloga Cira Sena, que liderou a equipe da Ciama, as áreas de manejo do pirarucu e de outras espécies, concentradas nos lagos Purema e Piramiri necessitam de uma base de fiscalização. “O que a experiência da comunidade revelou é que para o manejo funcionar de verdade é preciso uma base segura de vigilância e a secretaria de meio ambiente nos pediu um projeto de um flutuante com uma estrutura de dormitórios, banheiros, lanchas que possam percorrer os lagos nos períodos em que não se pode pescar e também atuando na educação ambiental”, explicou, acrescentando que a energia elétrica da base flutuante também deverá ser toda obtida por meio de placas de energia solar.
A prefeitura necessita dos projetos elaborados pela Ciama para conseguir captar recursos por meio de editais e em fontes financiadoras.