Ufam apresenta projeto de biodigestor para geração de energia no interior do Estado
A Companhia de Desenvolvimento do Estado do Amazonas (Ciama) reuniu nesta quarta-feira, dia 13, com professor do Departamento de Engenharia Química da Universidade Federal do Amazonas – UFAM, Johnson Pontes de Moura, e sua equipe técnica para apresentação do Projeto “Estudo de aproveitamento de Biomassas da Amazônia para produção de Biogás em substituição ao GLP”.
O pesquisador e também professor falou que se trata de um protótipo de biodigestor instalado em Novo Airão, o projeto que foi destaque em São Paulo, com ênfase à utilização de biomassa existente em nosso estado como o caroço do açaí, a casca de banana, castanha do Amazonas e o cupuaçu, tem por objetivo atender as famílias das comunidades ribeirinhas daquela cidade e irá substituir o gás liquefeito do petróleo (o do botijão) por essa biomassa. “Ao invés de gastar R$45/R$50, essa família vai produzir o próprio gás do que seria resíduo, ou seja, cascas das frutas regionais, dejetos orgânicos e vísceras de peixes, junto com capim elefante, que possui alto poder calorífico”, disse ele.
Cabe destacar que o projeto aprovado pelo CNPQ contempla, ainda, Maués, a fim de atender e beneficiar àquela população tanto com gás liquefeito e energia.
O docente da UFAM mencionou que “o botijão fica ligado no reator anaeróbico, conhecido como biodigestor e com tempo de retenção de 28 dias e atende 20 famílias ribeirinhas. Ou seja, colocam-se as cascas de frutas com capim elefante, matéria-prima para o biogás, na presença de micro-organismos. Depois de 28 dias você produz esse gás, num fogão de duas bocas”. Como resultado, ele irá substituir o gás liquefeito de petróleo, que é uma energia não renovável. A inovação – apontou ele – está exatamente nessa afirmação.
A Prefeitura Municipal de Marãa, por intermédio do prefeito Cícero Lopes da Silva, mostrou interesse nessa nova tecnologia e estuda a possibilidade de ser um dos primeiros a instalar nas comunidades isoladas de seu município.
Como destaque o nosso diretor presidente, Aluizio Barbosa, mencionou a importância de socializar esse projeto para as demais prefeituras municipais que enfrentam dificuldades logísticas e de transporte e que poderá gerar desenvolvimento de forma sustentável e social às regiões mais distantes.